Você já deve ter percebido (assim esperamos) que basta uma passada no supermercado para suas compras e você verá que está cercado de: PLÁSTICOS! Sim! Praticamente a esmagadora maioria das embalagens de produtos comercializados são ou possuem algo de plástico em sua composição. Isso que estamos apenas nos supermercados, algo rotineiro e ao alcance de todos. Pois a lista de aplicações é infindável!
Nesse último com a epidemia de Covid-19, o plástico foi um grande aliado no combate a doença, estando presente em seringas, tubos, máscaras, óculos de proteção e outros tantos itens!
O plástico proporciona muitas vantagens em nosso mundo, mas também, com o seu descarte e destinação incorreta, ocasionam graves prejuízos ao nosso meio ambiente.
Diante disso, você conhece os diferentes tipos de plásticos, suas aplicações e se são ou não recicláveis?
Venha conosco e conheça um pouco mais!
Quais os tipos de plásticos que existem?
Podemos classifica-los primeiramente entre termoplásticos e termorrígidos, sendo que os primeiros são recicláveis e os seguintes não recicláveis a altas temperaturas.
Temos assim os seguintes tipos de termoplásticos:
- PEBD (Polietileno de baixa densidade)
- Obtido através do petróleo ou fontes vegetais, ele é o material utilizado em nossa produção. Está presente em sacolas, sacos, filmes para embalar leite e outros alimentos; sacaria industrial; filmes para fraldas descartáveis; bolsa para soro medicinal; sacos de lixo, entre outros. É um tipo de plástico muito utilizado por ser flexível, leve, transparente e impermeável.
Algumas embalagens produzidas pela Aldoplast:
- PEAD (Polietileno de alta densidade)
- Obtido através do petróleo ou fontes vegetais, está presente em embalagens de detergente e óleos automotivos, sacolas de supermercados, garrafeiras, tampas, tambores para tintas, potes, utilidades domésticas, entre outros. É um material plástico muito utilizado por ser inquebrável, resistente a baixas temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência química.
- PP (Polipropileno)
- Sua característica é de conservar o aroma, ser inquebrável, transparente, brilhante, rígido e resistente a mudanças de temperatura. Muito parecido com o selofane. Pode ser utilizado em filmes para embalagens e alimentos, embalagens industriais, cordas, tubos para água quente, fios e cabos, frascos, caixas de bebidas, autopeças, fibras para tapetes e utilidades domésticas, potes, fraldas e seringas descartáveis, etc.
- O PP possui uma variação chamada BOPP, um plástico metalizado de difícil reciclagem, usual em embalagens de salgadinhos e biscoitos.
- PET ou PETE (Tereftalato de polietileno)
- normalmente compõe frascos e garrafas para uso alimentício/hospitalar, cosméticos, bandejas para micro-ondas, filmes para áudio e vídeo e fibras têxteis. É um material muito utilizado por ser transparente, inquebrável, impermeável e leve. Por ser um termoplástico, o PET é reciclável. A desvantagem é que o PET é feito a partir do petróleo – uma fonte não renovável. Assim, quando misturado a outros tipos de materiais, como fibras de algodão – no caso das roupas de PET – a sua reciclagem fica inviabilizada.
- PVC (Policloreto de Vinila ou cloreto de vinila)
- é muito encontrado em embalagens para água mineral, óleos comestíveis, maioneses, sucos, perfis para janelas, tubulações de água e esgoto, mangueiras, embalagens para remédios, brinquedos, bolsas de sangue, material hospitalar, entre outros. Ele é muito utilizado por ser rígido, transparente (se desejável), impermeável, resistente à temperatura e inquebrável.
- PS (Poliestireno)
- utilizado em potes para iogurtes, sorvetes, doces, frascos, bandejas de supermercados, geladeiras (parte interna da porta), pratos, tampas, copos descartáveis, aparelhos de barbear descartáveis e brinquedos. Além de ser reciclável, o poliestireno possui características como leveza, capacidade de isolamento térmico, baixo custo, flexibilidade. Há ainda a moldabilidade sob a ação do calor, que o deixa em forma líquida ou pastosa.
- Outros plásticos
- Símbolo encontrado em embalagem multicamada para biscoitos e salgadinhos, mamadeiras, CD, DVD e algumas utilidades domésticas. Estes plásticos são reaproveitados para fabricação de madeira plástica e para reciclagem energética, processo onde é aproveitado o valor calorífico do resíduo plástico.
Mas você sabe como identificar? É bem fácil! Na impressão da embalagem o fabricante coloca os seguintes símbolos com números:
Já os termorrígidos são plásticos que não se fundem mesmo em elevadas temperaturas. Pelo contrário, em altas temperaturas esses materiais se decompõem, o que inviabiliza a reciclagem. Dessa forma, o plástico termorrígido é de difícil reciclagem.
São os seguintes:
- PU (Poliuretano)
- Flexibilidade, leveza, resistência à abrasão, possibilidade de design diferenciado são suas principais características positivas. A aplicação se dá em espumas macias para colchões e estofados, espumas rígidas, solados de calçados, interruptores, peças industriais elétricas, pranchas de surfe, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones, etc. O maior problema do poliuretano é que ele ainda é um material de difícil reciclagem.
- EVA (Acetato-vinilo de etileno)
- comumente usado como solados de tênis e chinelos, em equipamentos de academia, brinquedos, materiais de artesanato e outros. Assim como o poliuretano, o problema do EVA é que é de difícil de reciclagem.
- Baquelite
- A aplicação ocorre em cabos de panela, componentes de rádios, telefones, interruptores, casquilho de lâmpadas, etc. A baquelite é pouco usada. Produtos antigos de baquelite costumam ser itens de coleção e são de difícil reciclagem.
- Resina fenólica
- Esse tipo de resina é muito empregado em bolas de sinuca, revestimentos, adesivos, tintas e vernizes. Infelizmente, não é reciclável.
Mas e os plásticos biodegradáveis?
O plástico oxidegradável, também chamado de “oxibiodegradável”, tem como bases principais o polietileno (PE), o polipropileno (PP), o poliestireno (PS) e o politereftalato de etileno (PET), termoplásticos já mencionados. Mas o que determina sua condição de oxidegradabilidade (degradação pelo oxigênio) é que são utilizados aditivos pró-degradantes que possuem a propriedade de fragmentar o plástico, facilitando a decomposição. Esse tipo de plástico tem uso controverso, principalmente em relação à viabilidade de sua reciclagem e resíduos gerados, como o microplástico.
Já existem pesquisas em desenvolvimento de outros tipos de plásticos que realmente são inofensivos para o meio ambiente, como os bioplásticos. Há algumas pesquisas que utilizaram a mandioca e a bananeira em sua formulação. Há inclusive um pó de café que vem dentro dessas embalagens que ao entrar em contato com água quente, derrete e pode ser consumido.
A reciclagem e a importância do descarte correto
De nada adianta o plástico ser ou não ser reciclável se o descarte acaba sendo equivocado. A coleta seletiva ainda não é uma realidade em grande parte das cidades brasileiras e muitas vezes nem a implantação desse serviço resolve por si o problema. Isso porque há um trabalho prévio antes dos resíduos chegarem aos centros de separação e coleta: a separação em casa! E para que isso ocorra da melhor forma possível, existe ainda um grande desafio de educação e conscientização da população para essa questão.
Em cidades onde há coleta seletiva e são disponibilizados containers de descarte do lixo orgânico, não é incomum vermos lixo reciclável misturado ao lixo orgânico. É frequente os catadores informais realizarem esse trabalho de separação, algo que deveria ser um dever de todos nós. Afinal, o planeta que vivemos é 1 só e não existem outros disponíveis até então.
Faça a sua parte! Separe o seu lixo em casa entre recicláveis e não recicláveis. Isso aumenta e muito as chances de ele ter a sua destinação correta e ser reciclado. Veja aqui um posto nosso sobre a reciclagem.
Fonte: eCycle e Autossustentável